Não era difícil para o telespectador brasileiro saber quem era a gêmea boa e quem era a má, na novela Mulheres de Areia (2ª- versão), que foi ao ar de 1º de fevereiro a 25 de setembro de 1993, pela Rede Globo. Glória Pires interpretou com tanta convicção o papel das irmãs, que facilmente conseguíamos distinguir quem era quem, até mesmo quando uma se passava pela outra, o que acontecia em várias cenas. Aliás, essa era a grande sacada do enredo: a troca de identidade das gêmeas. A história começava com o retorno de Ruth a cidade litorânea de Pontal D’areia, onde seus pais já viviam com Raquel. Lá, ela conhece Marcos, filho do inescrupuloso vice-prefeito Virgílio Assunção, que é também dono do maior hotel da região. Eles se apaixonam, mas Raquel dá um jeito de separá-los e ainda casa com Marcos, em busca de status e poder, sem se importar com os sentimentos da irmã. A trama sofre uma guinada quando, após um acidente de barco, Raquel é dada como morta e Ruth assume seu lugar para ficar ao lado do amado. Mas Raquel não morreu e de longe planeja sua vingança.
Escrita por Ivani Ribeiro, esse foi um dos maiores sucessos entre as novelas das seis, que nunca obteve uma audiência inferior a 50 pontos - um fenômeno para o horário.
Os embates entre Raquel e Virgílio, a quem ela chamava de “sogrinho”, são memoráveis. Vale a pena rever um deles, em que Virgílio pensa estar falando com Ruth:
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